- O que é o Glitter?
O glitter já faz parte do nosso cotidiano, do nosso dia a dia, e uma das datas em que mais utilizamos ou vemos glitter é no período de carnaval, onde tudo é muito cheio de vida e enche os nossos olhos de todas aquelas cores brilhantes e diferentes. O glitter é formado por pedaços de plásticos copolímeros, folhas de alumínio, dióxidos de titânio, óxidos de ferro, oxicloretos de bismuto ou outros materiais pintados em metálico, cores neon e cores iridescentes para refletirem a luz em um espectro de espumantes.
Como sabemos nada disso pode ser reciclado e, como há muitos químicos envolvidos, o tempo de decomposição é grande e o glitter também é classificado como um microplástico por conta de seu tamanho, que varia de 1 milímetro (mm) a 5 mm.
- Efeitos do glitter no meio ambiente
O primeiro grande problema do glitter convencional reside exatamente na sua composição, os plásticos. Como dito anteriormente, o glitter convencional é feito de material polimérico, compostos em sua maioria por policloreto de vinila (PVC) e polietileno tereftalato (PET) recobertos de um material metalizado (comumente por folhas de alumínio e outros óxidos). Dessa forma, o glitter não pode ser metabolizado e degradado por seres vivos no ambiente natural.
Outra questão ligada a sua composição está em que muitas vezes, o polímero pode conter bisfenol, classificado como um disruptor endócrino, sendo capaz de câncer, abortos, infertilidade, diabetes, síndrome dos ovários policísticos e uma série de outras disfunções em humanos e animais
O segundo grande problema é a difícil reciclagem, devido ao seu tamanho, normalmente menores de 5 milímetros, o que impede de ser filtrado nas estações de tratamento de esgotos (ETEs), fazendo com que cheguem aos rios e mares. Além disso, esse microplástico é capaz de absorver produtos tóxicos, como pesticidas, metais pesados e outros tipos de poluentes orgânicos persistentes (POPs), o que faz com que os danos à saúde da biodiversidade sejam muito maiores.
Uma vez encontrado no meio ambiente, o glitter é consumido por plânctons e pequenos animais e, ao serem comidos por peixes maiores, propagam a intoxicação por toda a cadeia alimentar, não eximindo o ser humano. O tamanho do problema foi observado em um estudo, o qual mostrou que são encontrados pedaços de microplásticos no sal marinho do mundo todo.
- Alternativas para o uso do glitter
Algumas ideias para não parar de brilhar é a utilização de algumas alternativas utilizando materiais que não agridam ao meio ambiente e que consiga atrelar sua diversão à preservação. Alguns exemplos de se ter ou fazer um glitter ecológico são:
I. Pó de mica: é derivado de minerais naturais que são bem brilhantes e existem em diversas cores na natureza (dourado, prateado, branco, preto, marrom, roxo, verde e etc.).
II. Glitter caseiro de sal: Basta misturar sal com corante alimentício (cor de sua escolha) em um potinho, deixando secar de 3 a 4 horas antes de usar. Para maior fixação da cor, você ainda pode assar seu glitter caseiro de sal no forno (10 a 15 minutos, a 180 °C).
III. Glitter comestível: é utilizado na decoração de bolos e doces, é 100% biodegradável. Apesar de você encontrar para vender em lojas especializadas, também dá pra fazer em casa com ingredientes simples: gelatina em pó e corante alimentício.
IV. Corante natural: O corante pode ser feito com algum alimento que dê cor à água, como a beterraba, por exemplo. Para isso, cozinhe as beterrabas que irá comer e leve ao fogo a água que sobrar do cozimento para evaporar até a quantidade reduzir a meia xícara e concentrar bem a cor da beterraba.
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EngeMat, crescemos juntos com você!
Por: Eduardo Dias e Pollyanna Araújo
- Referências
https://www.ecycle.com.br/glitter/
https://www.guiadasemana.com.br/comportamento/noticia/como-fazer-glitter-ecologico-para-o-carnaval
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/02/01/ciencia/1517482578_498199.html
https://www.matanativa.com.br/o-glitter-realmente-faz-mal-ao-meio-ambiente/