Processos de soldagem mais conhecidos.

O que é a soldagem?

Você sabe quais são os processos de soldagem mais conhecidos? Primeiramente vamos começar com alguns conceitos importantes. De acordo com a AWS (American Welding Society), soldagem é o “processo de união de materiais usado para obter a coalescência (união) localizada de metais e não metais, produzida por aquecimento até uma temperatura adequada, com ou sem a utilização de pressão e/ou material de adição”. Sabemos, então, que a soldagem é o processo de união de materiais mais importante do ponto de vista industrial, sendo amplamente usada na recuperação e até fabricação de peças, equipamentos e estruturas.

Classificação dos processos de soldagem

A soldagem pode ser classificada de duas formas principais, a soldagem em estado sólido ou soldagem por fusão. A primeira envolve energia mecânica para poder aproximar a estrutura dos materiais, gerando uma atração atômica. Já na segunda, há um aumento localizado da temperatura do material até um estado fundido e em seguida, deixa-se solidificar. Dentro da classificação de soldagem por fusão, a fonte de calor mais usada é o arco elétrico, isso porque apresenta uma combinação ótima de características, incluindo uma concentração adequada de energia para a fusão localizada do metal base, facilidade de controle, baixo custo relativo do equipamento e um nível aceitável de riscos à saúde dos seus operadores. (MODENESI, P. J., 2012).

Processos de soldagem a arco mais conhecidos

  • GMAW (Gas Metal Arc Welding)

A soldagem a arco com proteção gasosa é um processo em que a união de peças metálicas é produzida pelo aquecimento destas com um arco elétrico estabelecido entre um eletrodo metálico nu, consumível, e a peça de trabalho. A proteção do arco e da região da solda contra contaminação pela atmosfera é feita por um gás ou mistura de gases, que podem ser inertes ou ativos. No Brasil, o processo é conhecido como MIG (Metal Inert Gas) quando a proteção usada é inerte ou rica em gases inertes ou MAG (Metal Active Gas) quando o gás é ativo ou contém misturas ricas em gases ativos (MARQUES, P. V., 2011).

Aplicações: Soldagem de aços carbono, baixa e alta liga, não ferrosos, com espessura maior ou igual a 1mm. Soldagem de tubos, chapas, etc. Qualquer posição.

  • FCAW (Flux-Cored Arc Welding)

A soldagem a arco com arame tubular é um processo que produz a coalescência de metais pelo aquecimento destes com um arco elétrico estabelecido entre um eletrodo tubular, contínuo, consumível e a peça de trabalho. A proteção do arco e do cordão de solda é feita por um fluxo de soldagem contido dentro do eletrodo, que pode ser suplementada por um fluxo de gás fornecido por uma fonte externa. Além da proteção, os fluxos podem ter outras funções, semelhantes às dos revestimentos de eletrodos, como desoxidar e refinar o metal de solda, adicionar elementos de liga, estabilizar o arco, etc. (MARQUES, P. V., 2011).

Aplicações: Soldagem de aços carbono, baixa e alta liga com espessura maior ou igual a 1mm. Soldagem de chapas, tubos, etc.

  • SAW (Submerged Arc Welding)

A soldagem a arco submerso é um processo em que a coalescência entre metais é obtida pelo aquecimento e fusão destes por um arco elétrico estabelecido entre um eletrodo metálico nu e a peça de trabalho. O arco ocorre sob uma camada de um material granular fusível, chamado de “fluxo”, que é colocado sobre a região de solda, protegendo-o da contaminação pela atmosfera (MARQUES, P. V., 2011).

Aplicações: Soldagem de aços carbono, baixa e alta liga. Espessura maior ou igual a 10mm. Posição plana ou horizontal de peças estruturais, tanques, vasos de pressão, etc.

  • SMAW (Shielded Metal Arc Welding)

A soldagem a arco com eletrodos revestidos é um processo que produz coalescência entre metais pelo aquecimento destes com um arco elétrico estabelecido entre um eletrodo metálico revestido e a peça que está sendo soldada. Este revestimento que recobre a alma do eletrodo tem diversas funções na soldagem como estabilizar o arco elétrico, ajustar a composição química do cordão, pela adição de elementos de liga e eliminação de impurezas, proteger a poça de fusão e o metal de solda contra contaminação pela atmosfera, através da geração de gases e de uma camada de escória, entre outros (MARQUES, P. V., 2011).

Aplicações: Soldagem de quase todos os metais, exceto cobre puro, metais preciosos, reativos e de baixo ponto de fusão. Usado na soldagem em geral.

  • GTAW (Gas Tungsten Arc Welding)

A soldagem a arco com eletrodo de tungstênio e proteção gasosa é um processo no qual a união de peças metálicas é produzida pelo aquecimento e fusão destas através de um arco elétrico estabelecido entre um eletrodo de tungstênio, não consumível, e as peças a unir. A proteção da poça de fusão e do arco contra a contaminação pela atmosfera é feita por uma nuvem de gás inerte ou mistura de gases inertes. A soldagem pode ou não ser feita com adição de metal de adição e, quando usada, é feita diretamente na poça de fusão (MARQUES, P. V., 2011).

Aplicações: Soldagem de todos os metais, exceto Zn, Be e suas ligas, espessura entre 1 e 6mm. Soldagem de não ferrosos e aços inoxidáveis. Passe de raiz de soldas em tubulações.

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Referências:

MARQUES, P.V. Soldagem: Fundamentos e Tecnologia. Editora UFMG. Belo Horizonte, 2011.

MODENESI, P.J. Introdução à Física do Arco Elétrico, Soldagem I. UFMG. Belo Horizonte, 2012.

Por: Júlia Ferreira Murta

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